“A partir da organização da X Bienal de Arquitetura de São Paulo em 2013, mudamos o conceito do que poderia ser a Bienal.  De uma exposição de projetos, fizemos uma plataforma de posicionamento da profissão diante da sociedade e dos grandes temas a serem enfrentados. Assim foi feito na 10ª edição chamada: ‘Cidade: Modos de Fazer, Modos de Usar’. 

Para a 11ª edição da Bienal de Arquitetura de São Paulo, ‘Em Projeto’, o desafio é ir além do posicionamento e se aproximar da real construção do território e sua necessária transformação. Se então, em 2013, precisávamos trazer à tona os temas ligados à cidade, hoje, mais do que discuti-los é necessário enfrentarmos o desafio da realização. Hoje, diversos fóruns tematizam a cidade, dentro e fora do universo da Arquitetura. Isto é positivo. Porém, a viabilização das transformações é o desafio. São diversos os atores que participam desta obra coletiva que é a cidade. O objetivo da 11ª Bienal de Arquitetura de São Paulo é gerar um legado concreto de soluções para a cidade. 

O que efetivamente pode ser feito para transformarmos a qualidade de vida das nossas cidades, trazendo diversos agentes envolvidos na construção do espaço? 

Partimos de um modelo de gestão de conteúdo estruturado de forma processual no Estúdio da Bienal, que busca identificar diversas formas de ação transformadoras junto a agentes que atuam sobre a cidade, de arquitetos à coletivos, do poder público à iniciativa privada. 

Ao invés de um evento expositivo único, espetacularizado, a proposta é uma Bienal que foca no processo, que busca, organiza, mobiliza e fomenta conteúdo, e gera resultado além de institucionalmente se fortalecer. 

A ideia é uma Bienal institucionalmente estruturada, contínua e dividida em um módulo estruturador e um módulo expositivo. O módulo estruturador tem ações reflexivas – de discussão e seminário -, ações de intervenção na cidade – oficinas – e ações de registro e documentação – observatório – a fim de abrir e perguntar para a sociedade como tratar questões urbanas e, ao mesmo tempo, expor instrumentos para a qualificação do seu espaço urbano vivido e gerar coletivamente o legado desejado.”